O número de casas construídas para a classe média e média-baixa diminuiu devido ao aumento do custo dos materiais de construção, da mão de obras e dos juros, mas as previsões apontam para o caminho inverso já na segunda metade do ano.
A subida das taxas de juro e o aumento do custo de vida atingiu em cheio o setor da habitação, o que travou a construção, a compra e o arrendamento de casas.
Em finais de setembro do ano passado, a área licenciada era de menos 0,4%, no que respeita a edifícios residenciais, e de menos 10,1% em termos gerais, face ao período homólogo.
Segundo, José Matos, secretário-geral da Associação Portuguesa dos Materiais de Construção (APMC), os promotores imobiliários afastaram-se do investimento na construção de casas para as famílias com rendimentos mais baixos, devido ao elevado custo do crédito e à elevada taxa de risco.
Contudo, o custo de alguns materiais de construção já desceu entre 15% a 20%, prevê-se que a inflação estabilize e as taxas de juro desçam, o que pode reforçar a aposta na construção de casas ainda este ano.